Planejamento Urbano no Brasil e o Sudeste Asiático

Em recente viagem a alguns países do sudeste asiático, numa das regiões que mais se desenvolvem no planeta, localizadas em rota comercial entre gigantes como a China, a Índia e Japão, observamos a evolução daquela região do globo, especialmente em centros emergentes como Doha, no Catar, Kuala Lumpur, na Malásia, Singapura, e Seul, na Coréia do Sul. São exemplos notáveis de como a arquitetura e planejamento urbano podem moldar cidades para serem funcionalmente avançadas, exemplos de civilidade e esteticamente deslumbrantes.

A comparação com a nossa realidade, mostra que temos muito a evoluir, mas pode nos ajudar a encontrar soluções interessantes no desenvolvimento de nossas cidades.

Singapura integra muitos espaços verdes em sua malha urbana, tem o conceito de cidade inteligente e mais sustentável do mundo, valorizando a biodiversidade e a qualidade de vida. Com a independência da Malásia em 1965, em três décadas, com rígido controle estatal, saiu da pobreza e degradação, para um país industrializado e moderno, sob um modelo capitalista mundialmente atraente.

Doha, a capital do Catar, é um verdadeiro oásis arquitetônico. A cidade conhecida por seus arranha-céus futuristas, a ousadia na arquitetura e a integração de elementos naturais em projetos urbanos, a exemplo de Dubai, tem atraído estrangeiros motivados pela segurança e o ambiente de negócios.

Seul, na Coreia do Sul, passou por transformações notáveis, observa-se o emprego de processos construtivos modernos, adensamento dos centros urbanos e muita tecnologia, equilibrando o respeito às tradições, inovação e qualidade de vida nas cidades.

Kuala Lumpur capital da Malásia, segundo a organização mundial InterNations, em 2021, foi considerada a melhor cidade do mundo para se viver, o país tem a economia mais desenvolvida do mundo islâmico. Abriga as icônicas torres gêmeas, Petronas Towers com 410 m e inaugura o Merdeka 118, o segundo edifício mais alto do mundo, 118 andares e 679 metros.

Como seguir a trajetória de acertos desses países? Para isso, é essencial uma mudança de paradigmas. Precisamos tornar a nossa economia mais competitiva, reduzir muito a carga tributária, estimular a exportação de produtos com maior valor agregado, investir no empreendedorismo, na formação técnica e no planejamento urbano.

A participação da sociedade organizada nas decisões públicas, utilizando-se mecanismos estruturados como a Governança Colaborativa, é recorrente e indiscutível. A parceria Público – Privativa é um caminho sem volta para que se possa realizar investimentos robustos em obras de infraestrutura, energia e mobilidade urbana. O incentivo à inovação e a adoção de novas tecnologias é indispensável, com mudança de visão na gestão pública, impondo a redução da máquina pública e da burocracia.

O Brasil deve examinar esses modelos, trilhando um caminho ousado, proporcionando um ambiente de negócios atraente e focando no desenvolvimento com respeito ao meio ambiente. Somente assim poderemos construir um país que desperte maior respeito no cenário mundial e tornar as nossas cidades atraentes para se morar.

Rafael Luis Coelho

Diretor Regional do SindusCon-SP e da Citz Desenvolvimento Imobiliário

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